sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A troca


Changeling
Direção: Clint Eastwood
Atores: Angelina Jolie, John Malkovich

Em um sábado de 1928, Christine Collins (Angelina Jolie) se preparava para cumprir uma promessa feita a seu único filho, Walter: levá-lo ao cinema. Uma ligação inesperada da companhia telefônica onde trabalhava a fez mudar de planos, ao mesmo tempo em que mudava sua vida, precisaria trabalhar e deixar Walter em casa, sozinho, esperando. Christine mal poderia imaginar que depois daquela tarde o drama se instalaria permanentemente na sua vida.
Após o misterioso sumiço de Walter, Christine não mede esforços em sua procura. A policia de Los Angeles, na época mal vista aos olhos da sociedade diz ter encontrado seu filho e proporciona o reencontro ainda na estação de trem, em frente a diversas câmeras fotográficas e jornalistas ávidos por uma noticia sobre o caso. Os poucos minutos fartos de alívio que se seguem são simplesmente assim: poucos.
Houvera um engano, aquele menino recém saído do trem na estação da cidade não era seu filho. Acontecera uma troca. Ela de imediato soube da verdade, mas a polícia, autoritária, diante de uma mãe solteira aparentemente frágil, se impôs e assim, Christine levou aquele menino para casa.
Com uma determinação que salta aos olhos até mesmo do pastor local, Christine encontra forças para lutar contra um sistema corrupto, custe o que custar, e consegue provar que uma mãe desesperada pode sim, mover montanhas.
Com cenas sombrias, cobertas de mistério e extremamente marcantes, Clint Eastwood pouco deixa a desejar em sua direção, merecendo cada indicação a prêmios que recebeu por esse filme. A narração é sóbria, o suspense perdura até o fim e por quase três horas o espectador se pergunta: haverá um final feliz?
Pergunta essa que não pretendo aqui responder, apenas afirmar: o fim pode ser surpreendente.