sábado, 20 de fevereiro de 2010

O fim da escuridão (Edge of darkness)


A refilmagem do homônimo de 1985 conta a história de Thomas Craven (Mel Gibson), um detetive de homicídios da polícia de Boston, viúvo, que criou sua filha única sozinho. A vida dele passa por uma reviravolta quando a filha Emma (Bojana Novakovic), depois de alguns anos sem dar notícias, resolve tirar férias de seu estágio misterioso para passar uns dias em casa.

Sentindo-se muito mal, tossindo e vomitando sangue, Emma pede que o pai a leve ao hospital imediatamente após se instalar na casa onde cresceu. Saindo desesperada pela porta amparada por Thomas em uma noite de chuva intensa Emma é alvejada com um tiro certeiro e morre no hall de entrada nos braços do pai. Thomas acredita que o assassino queria matá-lo e começa uma busca implacável para vingar a morte de sua filha.

Ao descobrir mais sobre a empresa em que Emma trabalhava e as atitudes recentes de sua filha ao entrar em um grupo ativista Thomas percebe que o esquema de corrupção não só acertou todos seus alvos bem como agora ele também passou a ser uma ameaça.

De um modo geral o filme não causa surpresa. A primeira vista o storyline se assemelha ao Taken interpretado por Liam Neeson, mas logo a historia de suspense se revela e não consegue surpreender o espectador. São 108 minutos que passam rápido e o maior interesse em continuar no cinema é para ter a certeza que você acertou o fim do filme já no primeiro tiro dado. São poucas cenas de ação e um suspense não convincente. Mel Gibson não decepciona, mas é muito mais interessante assistir a um bom filme épico interpretado por ele e se emocionar do que tentar comprar a história de corrupção da industria nuclear norte-americana e sair apático do cinema.


Curtiu? Agora da uma passadinha lá no meu outro blog

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

3D: O Destino Final de uma franquia em frangalhos

postagem escrita especialmente para o blog: http://www.finaldestination.blogger.com.br

Eu nunca neguei meu fascínio por Hollywood. Sim, não vou dizer por cinema pois existem aqueles que se auto denominam cults e só assistem filmes não-comerciais. O meu negócio são produções megalomaníacas, atores famosos e filmes rentáveis e nem sempre exatamente de bom gosto.
Desde que assisti ao primeiro Pânico (Scream) passei a curtir filmes de suspense, mas o primeiro Premonição (Final Destination) foi o que mais me encantou. A idéia de ter a morte como vilão do filme era extremamente cativante. No bad guys, nada de armas, nada de arapucas. A morte simplesmente tinha um plano ao qual era impossível escapar. O deslumbramento foi tanto que quando resolvi criar um blog – com a idéia inicial de escrever sobre cinema – não pensei duas vezes antes de batizá-lo em homenagem ao filme. Era o Destino Final entrando na minha vida.
Assisti as continuações sem criticar. Era sempre a mesma historia, nada de inovador, e a graça já não era a mesma. Mas a expectativa de que algum Final Destination fosse superar o primeiro ainda existia.
Não só não superou como o ultimo filme – Final Destination 4 : 3D acabou com uma linda relação de afeição pela franquia.
A história é a mesma mais com efeitos de parques de diversão. Pregos e chaves de fenda que voam na sua direção e cenas que infelizmente não assustam, muito pelo contrário. Ao ver um corpo com as tripas de fora caído no chão após ser atingido por um pneu de carro de corrida voador a audiência toda caí na gargalhada. O quê de filme trash faz com que você se arrependa de ter pago um valor acima do normal (mesmo que meia entrada) para assistir em 3D.
Durante uma corrida de carros a lá Stock Car o protagonista tem uma premonição, a confusão que se segue após ele tentar tirar os amigos do lugar acaba retirando também outras pessoas, alheias a realidade dele, da mira dos planos traçados pela morte. Quando ele descobre que pessoas que se salvaram começam a morrer na ordem em que ele previu sente-se na obrigação de tentar impedir que os outros acabem com o mesmo destino. Ou seja, a mesma ladainha de sempre com direito a pesquisadas no Google que remetem a historia do primeiro filme (da mesma forma que aconteceu no FD3) para justificar a seus amigos que “isso já aconteceu”. E já aconteceu mesmo, Hollywood, por favor, sem mais premonições, ok?
E o pior, todas as mortes acontecem assim de uma hora para outra, quase sem interrupções ou desenvolvimento. Em menos de 1h30 todas as vitimas fugitivas encontram seu fim.
E eu nunca achei que fosse dizer isso, mas, não perca seu precioso tempo. Vá assistir Alvin e os esquilos 2. Deve ser um programa muito melhor.